Em meu trabalho como psicoterapeuta, atendo adolescentes, adultos e pessoas idosas com diversas questões psicológicas, a partir de sessões individuais, online, orientadas pela Terapia Analítico-Comportamental (TAC). A TAC é um modelo terapêutico que parte da análise funcional sobre o comportamento humano a fim de auxiliar as pessoas a interagirem de modo mais saudável com o mundo que as cercam. Dessa forma, essa é uma abordagem terapêutica que pode ser usada para lidar com diferentes questões psicológicas:
Conhecer a si mesmo tende a ser muito mais difícil do que parece à primeira vista. Aprendemos sobre nós no contato com o outro. Apenas quando nossos sentimentos e pensamentos se tornam importantes para o outro é que se fazem importantes para nós. Disso, decorrem dois problemas: o primeiro é que quem nos ensina a descrever nossos sentimentos e pensamentos não tem um acesso direto a eles; o segundo é que nem sempre as pessoas se interessam genuinamente pelo que pensamos ou sentimos, não nos proporcionando um espaço para que nos conheçamos melhor. Nesse sentido, a terapia assume o papel de proporcionar, por meio de perguntas e reflexões, que nos tornemos sensíveis ao nosso próprio comportamento, compreendendo-nos e possibilitando-nos maior assertividade diante de nossos sentimentos, desejos e necessidades.
Habilidades sociais se referem a como interagimos com outras pessoas. Uma de suas principais medidas é a sua efetividade, isto é, em que medida conseguimos alcançar os resultados almejados a partir de nossas interações sociais. Tais habilidades são importantes em diversos contextos, desde em nossas interações sociais diárias, nas nossas relações afetivas, nas nossas relações profissionais e em diversos outros contextos. A terapia também desempenha o papel, por meio da interação com o terapeuta e outras estratégias de exposição, em desenvolver habilidades do gênero.
Muitas pessoas convivem com dores crônicas que atrapalham a realização de diversas atividades. Com tantas restrições, costumamos nos isolar do mundo e nos sentirmos perdidos e em grande sofrimento. Muitas vezes essas dores são inevitáveis, mas o sofrimento atrelados a elas não. Deixamos de fazer mais do que realmente precisaríamos para evitar dores. Ao reconhecermos nossas potencialidades, apesar das dores, podemos diminuir o sofrimento atrelados a elas e percebermos que essas dores não são um obstáculo tão grande assim. Nesse contexto, a terapia assume o papel de auxiliar nesse reconhecimento.
A forma pela qual nos relacionamos com outras pessoas é fundamental para nossa saúde física e mental. Relacionamentos íntimos nos são extremamente importante, assim como nos sentirmos pertencentes a uma comunidade. Mas em uma sociedade de tantas interações superficiais, mantê-los torna-se cada vez mais difícil. Nos tornarmos íntimos exige atos de vulnerabilidade, mas se vulnerabilizar exige cautela. Nesse sentido, a terapia pode auxiliar em descobrirmos quando e como podemos estabelecer relações extraordinárias com aqueles que nos são importantes.
Todos nos sentimos ansiosos em diversos momentos de nossas vidas. Trata-se de um sentimento comum quando perdemos o controle de algo que nos é importante. Também pode vir como efeito de algum evento traumático. No entanto, apesar de ser um sentimento comum, em algumas situações a ansiedade pode atrapalhar a realização de diversas de nossas atividades diárias e nos gerar sofrimento significativo. Apesar de não ser possível (nem desejável) eliminar a ansiedade de nossas vidas, a terapia pode auxiliar você a diminuir níveis de ansiedade em alguns contextos, compreender como sua ansiedade funciona e a lidar melhor com ela.
A depressão é caracterizada pela perda de prazer em atividades que antes considerávamos prazerosas e pela redução da nossa predisposição para a realização de diversas atividades. Esse transtorno tende a colocar-nos em um ciclo, no qual, a diminuição de eventos gratificantes e aumento de eventos aversivos levam a uma sensação de desânimo, fatiga, culpa, ineficácia, desesperança, dentre outros, fazendo-nos reduzir ainda mais nossas atividades diárias e nos isolarmos socialmente, diminuindo, por conseguinte, a frequência de eventos gratificantes e aumentando a frequência de eventos aversivos. A terapia pode auxiliar no tratamento de transtornos depressivos em quebrar esse ciclo e possibilitar, pelo meio do engajamento nas atividades adequadas, em uma melhora clínica.
Comportamentos abusivos, como aqueles relacionados ao uso de substância ou transtornos alimentares, possuem as mais diversas origens e funções. Nesse sentido, a terapia pode auxiliar em identificar essas funções a ajudar as pessoas a estabelecerem comportamentos mais saudáveis.
De modo geral, a terapia auxilia às pessoas a lidarem com o mundo que as cercam de modo mais saudável, sendo destinada aos mais diversos âmbitos do sofrimento humano como, além daqueles já citados, a fobias, estresse pós traumático, dentre outros.